Peixes cartilaginosos (condrictes)
Os peixes cartilaginosos, como o nome indica, são dotados de endoesqueleto cartilaginoso, assim como os ágnatos. Entretanto, ao contrário desses, possuem esqueleto bem desenvolvido, inclusive o crânio, mandíbula e as vértebras; além de nadadeiras peitorais e pélvicas.
Na epiderme, há glândulas que produzem muco.
Essa classe possui indivíduos tipicamente marinhos, com corpo geralmente mais alongado, como forma de driblar a resistência aos movimentos que a densidade da água impõe. A boca é ventral e é dotada de muitas fileiras de dentes. Há de cinco a sete pares de fendas branquiais, sem opérculo, na maioria dos representantes.
O sistema circulatório, nervoso e excretor são semelhantes aos dos ágnatos e, quanto ao sistema digestório, possuem pâncreas, fígado, estômago, intestino e cloaca. Assim como outros peixes e alguns girinos, os condrictes possuem linha lateral mas, ao contrário de peixes ósseos, a bexiga natatória está ausente.
Quanto à reprodução, o macho geralmente apresenta um órgão copulador denominado clásper, sendo o resultado de modificações das nadadeiras pélvicas. Assim, a fecundação é interna, com indivíduos dioicos. O desenvolvimento é direto.
Os condrictes são classificados em dois grupos: holocephali e elasmobranchii (ou selachii).
Holocéfalos são representados pelas quimeras. Estas, típicas de regiões oceânicas frias e profundas, possuem opérculo, quatro pares de fendas braquiais, cauda longa, olhos grandes e ausência de escamas. Alimentam-se de crustáceos, moluscos, equinodermos e pequenos invertebrados. Em geral, são ovíparas. A Hydrolagus matallanasi é uma espécie brasileira endêmica.
O grupo dos elasmobrânquios tem mais diversidade de espécies, tendo as arraias e tubarões como representantes. Esses indivíduos possuem escamas, conhecidas como dentículos dérmicos ou escamas placoides, formadas internamente por polpa e dentina e, externamente, por esmalte. Podem se alimentar de presas de grande porte (tubarão-branco), ou mesmo de plâncton (tubarão-baleia). Possuem olfato bem desenvolvido. Podem ser ovíparos, vivíparos ou mesmo ovovíparos.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia

Publicado por Mariana Araguaia de Castro Sá Lima
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